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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Recomendação da ABEM aos Educadores Marxistas


No quadro de crise estrutural, o Estado cumpre a função social de proteger os interesses da burguesia e a sua acumulação privada. A classe trabalhadora, que realiza ações contra-hegemônicas sob condições de desemprego e miséria que crescem avassaladoramente, está sendo contida.
As contenções do Estado vêm sendo realizadas com o aprimoramento dos mecanismos de repressão, que incluem a produção de leis que orientam o emprego das forças armadas e o aprofundamento das armas de contenção de massas. É fundamental que conheçamos, façamos a crítica e tornemos públicas as Leis n. 12.663, de 5 de junho de 2012 - Lei Geral da Copa, Portaria Normativa n. 186 do Ministério de Estado da Defesa, de 31 de janeiro 2014, que dispõe sobre a Garantia da Lei e da Ordem e o Projeto de Lei n. 499/2013 em tramitação no Senado - Lei antiterror. 
A análise da conjuntura e do aparato legal indica que é imprescindível que movimentos sociais, entidades, organizações e partidos de esquerda se reúnam e se organizem para a denúncia do aparato repressivo usado contra os membros da classe trabalhadora. Assim como para a proteção dos manifestantes e militantes em mobilização.
A ABEM recomenda a todos os educadores em atividade no Brasil a realização de discussões acerca dessas leis, principalmente nos espaços do interior das escolas e das instituições de ensino superior, avaliando sua finalidade, repercussão e impactos para a sociedade e os trabalhadores em luta.
Urge interromper o ciclo de violência promovida pelo Estado contra trabalhadores e estudantes que exercem o direito legítimo de se manifestar e de lutar.

16 de abril de 2014

Associação Brasileira de Educadores Marxistas
abem_coordenacao_2013_2015@yahoo.com.br    

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